quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Ninguém o respeita mais

Ninguém o respeita mais
Muitas vezes chutado
Agora está abandonado
Ninguém nele se faz

Vermes em toda parte
O sangue coagulado
Não pode ser jorrado
Você vê depois parte

Em estado de putrefação
Com odor indesejável
E tristeza lastimável
Ainda queres meu coração?

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

(Apenas Mais Um) Soneto De Amor (Parte I) - Um Salto No Abismo

Às vezes penso em quem sou
Se sou alguém
Se não sou ninguém
De ontem para hoje, meu mundo mudou

Me afogo em pensamentos que me vêm
A escuridão torna meu dia em noite
Tua voz me vem como um açoite
Quero te ter em meus braços e mais além

Meu desejo aumenta a cada segundo
Meus dias acabam e não vejo o teu rosto
Penso em você a cada momento insano

Quando vais embora é o fim do mundo
Quando te abraço, meu amor deixo exposto
Cada minuto sem você é quase um ano

(Apenas Mais Um) Soneto De Amor (Parte II) - Dormir Em Teus Braços

Volta e meia a noite me atordoa
Vez perdida meu coração fica à toa
O que seria isso enfim?
Essa tormenta dentro de mim?

Ebriamente sonho contigo
Sonho e penso porque não estás comigo
Ter-te-ei num noite enluarada e fria
Teu corpo quente, minha cabeça vazia

Estarás em meus braços, perdida, apertada
Eu também, em teus braços, encurralado
Meus olhos, os teus a fitar

Não te sintas por meus olhos acuada
Terás o meu amor, para ti, escancarado
Tudo o que consigo é teu nome sussurrar

(Apenas Mais Um) Soneto De Amor (Parte III) - A Fool Romantic (The Dizziest Man)

In the night, in my dream
In the dephts of my being
Your face explodes every time
Your voice implodes me at night

Yesterday, today, tomorrow
All I have in my heart is deep sorrow
Free your mind and stay with me
The dizziest man is what you see

You're acting like a heart slayer
You're making me feel like a prayer
Stained by the life, I'm a fool

Realizing things in my mind
You and me at the shrine
All I want to hear: "Yes, I do"

Um nó na garganta que não deixa chorar
Um nó no coração que não sabe o que falar
E acaba magoando a pessoa que chora
Viremos as costas, pois, à quem a ignora

Um nó na alma das mães, dos irmãos
Um nó desatado exalando suspiros e nãos
O brilho dos teus olhos será eterno
E teu sorriso, sempre doce e terno

Cada nó na garganta foi desatado
Haveremos semrpe de ficar ao teu lado
Enquanto existir o amor, vamos te amar

Uma só luz e não estarás perdida
Daremos todas elas para te guiar
Até logo e Deus a guarde, minha querida

Mercy

Today is a day to forget
Today is a day to reject
Deep sorrow lies in my mind
The truth is deepest behind

When I call you, you're not with me
I want you now, and I want you free
You thrashed my outside of your heart
You ruined our love and left me a scar

Throw me in the fire and I'll feel better
In hell I can see you and write a letter
Don't leave me eternally falling
'Cause this is my last calling

Estrada De Tijolos Amarelos

Descobri o teu nome
Descobri a tua boca
Na minha mente louca
Tua face não some

Descobri a tua voz
Descobri o meu amor
Descascaste minha noz
Em meu mundo, teu sabor

A lua me deu um mar
Para, em ti, me afogar
Um poema me achou
E minha vida findou

Os teus olhos eu vejo
E mais eu te desejo
Num caminho indolor
Encontrei a tua flor

Flor de desejo em mim
Com seu perfume no ar
Vou caminhando assim,
Nos teus olhos, devagar

Confusão

De lágrimas, um temporal
De palavras, um sarau
De carícias, um vendaval
De amores, um carnaval

Sigo sorrindo sem saber
Se sofro, se saio
Se sonho... Simulacro!
Sagrada sinestesia

Profano e padre
Prostituta e prazer
Paraíso e pecado
Pai e poeta

Quando a batida mente
Não quer acreditar
Que não vai afogar
O coração da gente

Fica surda e dormente
Mas o temporal vem salvar
E refazer o mar
Não mais que de repente

Salvação

Não quero saudade de fel,
Tua falta me faz chorar.
Meus olhos bem longe do céu,
Meu corpo bem longe do mar.

Serei num tribunal, o réu,
Meu pecado é te amar.
Só quero meus olhos no céu,
Só quero meus olhos no mar.

A bruma chega num véu,
E teu perfume pelo ar.
Meus olhos escutam o céu,
Meu corpo degusta o mar.

Me embriagar no teu mel,
Nos teus lábios me afogar.
Eu quero meus olhos no céu,
Eu quero meus olhos no mar.

Não quero saudade de fel,
Tua falta me faz chorar
Encontro teus olhos: meu céu,
Encontro teu corpo: meu mar.







(Estrutura e rimas baseadas no poema "Ismália" de Alphonsus de Guimaraens.)

A Tristeza Escondida Por Trás Da Máscara Da Alegria

Sonha palhaço, com tua amada
Com esta mulher imaculada
Com o brilho de seus olhos
E com seu rosto, sem refolhos

Palhaço, espera sentado
Pois ladrão de mulher
É sempre mal-amado
É sempre um malmequer

Nesta espera sangrenta
Pinta teu rosto de magenta
Disfarça tua alma impura
Deixando-a menos obscura

Pinta a cara com teu sangue
Assim, parecerás menos langue
Esse teu semblante de pária
Mereces a mais fúnebre ária

Palhaço, lembra que o teu sonho
Nada mais é que um futuro risonho
Que não baterá à tua porta
Lembra que a tua vida já é morta

Não terás direito ao amor
Sonha, Palhaço, com o teu futuro
Reza, Palhaço, com todo o fervor
Porque esta dor eu não curo

Sei tudo o que terás na vida
Do teu caminho, da tua lida
Entre teus dedos eu escorro
Pois eu, sou a última que morro!

Ode Ao Cu

O cu! Ah, o cu...
O que dizer sobre o cu?
Ah! É apenas o cu!
O que mais é o cu para tu?

Para mim, só o orifício excretor
Purifica-te do indesejado bolor
Senta-te na bela privada e caga
Pensando na tua mulher tão amada

Levanta-te e olha para a privada
E ri daquela merda afogada
Sente agora o fedor de urubu
Da merda que saiu do teu bendito cu




Agradeço esses versos ao meu amigo Denis Verlaine, que teve a maravilhosa ideia de iniciar este poema!
http://www.facebook.com/#!/denis.vitor.5

A Poem For You

Give me your sorrow and your nightmares
I'll put them into my unshaped spheres
We will walk side by side with happiness
Let me drown in your emotion sickness

Hold my hand with a stainless heart
Cure my unforgiven and unhealing scar
I want you free to manipulate my mind
And give me a route to escape from my own sight

This poem is just for you
This poem is to burn my blood
Into an eternal fountain of love

A time bomb inspired me
To explode our life and above
You and me... just you and me...

Obrigado Pelo Amor Que Não Vem

Tua face não me deixa dormir
Teus olhos não me deixam sorrir
Da tua boca eu sou refém
Obrigado pelo amor que não vem

Quem dera te ter sempre ao meu lado
Quem dera viver num mundo encantado
Sei que em minha boca, a tua não investe
Obrigado pelo amor que não me deste

Queria ver teu doce sorriso
Queria sentir teu lábio indeciso
Mas, ao teu lado, eu posso dizer:
Obrigado por me fazer sofrer

Não quero ser apenas teu amigo
Escuta agora o que eu te digo:
Por não me amar, não te condeno
Obrigado pelo teu veneno

Soneto À (Não) Arte

A arte hoje chegou à mediocridade
Tudo é arte! Isso é unanimidade
Qualquer aço retorcido ou papel amassado
São comparados, Michelangelo e excremento modelado

Perderam interesse num belo "Rimbaud"
Nada é arte! Nem mesmo aquela dor
Nem o verso fino de Cecíla
Nem a triste história de Marília

São atraídos por coisas fáceis de assimilar
Versos decifrávis ao primeiro olhar
Onde foi parar a graça da arte?

Não se sabe exatamente em que parte
Quem sabe, dentro de um chafariz
Ou ainda, perdida no Ar de Paris!

O Asilo Da Loucura

Mil mundos morrem mais e mais
Me manipulo, me maltrato
Minha mente me machuca
Mas, mesmo morto, meu mundo muda

Prantos principiados por palavras pobres
Pinturas pungem paráfrases
Porque pirar? Para pairar?
Para pairar, preciso pirar?

Da dor, devaneios
Do delírio, depravação
Da droga, drama
Da devassidão, dependência

O sangue tinge meu rosto e alcança
As facas afiadas com gosto de vingança
O Coringa não é uma carta comum
Tortura todos, de um por um

Vem

Uma vez pensei em te amar
Cada dia a mais, eu queria te beijar
Arrependo-me de não ter te beijado
Minha alegria seria conseguir te encantar
Mas uma vez te abraçar e andar lado a lado

Ilegalmente entraste em meu coração
Dividiste meu corpo na total escuridão
Evitei me encontrar com o teu olhar
Ficava entorpecido à tua face vislumbrar
Mas inventei maneiras diferentes de te amar

Por mais que eu tente, não consigo esquecer
Que o te sorriso é tudo o que eu preciso ver
Você me atormenta numa noite sem fim
Não quero que saias de perto de mim
Fica aqui, me abraça e não larga mais
Comigo ao teu lado, deixa o mundo pra trás

Tuas Asas

Asas de anjo que me engolem
Fazendo que bênçãos em mim assolem
Que meu coração se alegre a cada dia
Estancando assim, minha eterna sangria

Brancas são as asas do meu anjo levado
Dessas asas nunca fico saciado
Esse beijo e essa boca sandia
Deram cores à minha vida, antes vazia

Mostra-me aogra, assim:
Com estas asas antes carmim
Este amor que é só meu
Este olhar que em mim se perdeu

Teu Sim, Meu Não

As asas do teu anjo me visitam durante o sono
Quando acordado, só vejo a cauda do meu demônio
Teu anjo traz tua lembrança cheia de amargura
Meu demônio traz tua saudade repleta de doçura

Dormindo, sonho contigo e teu anjo me abraça
Acordado, não te vejo e meu demônio me ameaça
Teu anjo, me aprisiona, me maltrata e me tortura
Meu demônio me liberta para uma vida de loucura

Teu anjo me quer triste, fraco e acuado
Domina meu coração e o deixa trancado
O instinto do meu demônio é teimoso e forte
Não se dará por vencido e lutará até a morte

Teu anjo me encata com um amor inventado
Meu demônio luta contra um amor indesejado
O fim não tem fim quando teu anjo vem me ver
Anjo caído que está tentando me enlouquecer

domingo, 20 de setembro de 2009

Não Se Preocupe

Os dias que passaram
As noites mal dormidas
As lágrimas rolaram
E abriram as feridas
E todas elas acabaram
Pelo caminho perdidas
E ao serem encontradas
Jamais serão apagadas

Não vá se preocupar
Com tudo que passou
Porque o próximo mar
Não é o que te afogou
E porque se preocupar
Com tudo que passou?
A vida vai te trazer
O teu bem-querer

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Tudo O Que Poderíamos Ter Sido

Eu sempre pensei em você como algo mais
Que você fosse minha vida, meu cais
Mas a vida tormou-se caçadora de mim
Me atormentando e me matando no fim

Se foi tudo o que poderíamos ter sido
Meu sentimento tormou-se algo escondido
No meu peito reside envenenada flecha
Só posso te ver por uma estreita brecha

Essa febre, esse mal estar é minha culpa
Nunca lhe falei isso e peço tua desculpa
Tudo o que poderíamos ter sido, evaporou

Na minha vida, só penso em você, que não vem
Sei que, do céu, tua alma está muito além
Não sei mais o que fazer, minha vida acabou

sábado, 25 de julho de 2009

A Tristeza De Um Dom

Mais uma Primavera escapa
Tornando meu sorriso frio
Subindo um leve arrepio
Deixando minha vista opaca

Algumas lágrimas rolando
Alguns suspiros aliviados
Com os braços escancarados
Um "adeus" vai se formando

Sorrisos são desgastados
Olhares distanciados
Carinhos afastados
E os beijos são apagados

Na memória, permanece
Como um sonho bom
A tristeza de um dom
E o amor, deita e adormece

terça-feira, 14 de julho de 2009

Pecado

Mulher que incita luxúria
Embora emane mansa candura
Com olhos sempre em fúria
E os dentes, na carne dura

Longa e boa caminhada
Pode ser rápida ou lenta
Pode até ser cavalgada
Traz prazer e me alenta

És fruto de um pecado
Que sobressalta o prazer
Quantas vezes foi ensaiado

Esse sonho de bem-querer
Esse desejo demasiado
Todo o anseio que é você

terça-feira, 30 de junho de 2009

Viola

Que inveja do trovador
Que dedilha o violão
Maltratando meu coração
Enchendo-me de dor

Os mais belos acordes
Tocados com toda alma
Minha mão não se acalma
Se tu não me mordes

Viola de curvas bem feitas
Quando fores tocada
Por mim acariciada
Em minha mão te deitas

Trago-te a eternidade
Com a mão sedenta
A boca turbulenta
Rouba-me a mocidade

Dia e noite contigo
Dedilhando sem fim
Minha viola carmim
Eu quero o teu castigo

sexta-feira, 12 de junho de 2009

A Morte Do Amor

Rosas negras em meu jardim
Cravos-de-defunto e jasmim

Flores em coroas adornadas

Brancas, rosas ou azuladas


Os sentimentos puros jazem
E os impuros só me trazem
A loucura triste do viver
Imaginando onde está você

Sobre sete palmos de terra
É onde tudo de bom encerra
Não há um só espírito santo
Que não chore com meu canto

Perdida Em Você

Não... não posso crer
Meus olhos podem ver
Minha mente morre
E meu amor escorre


Em minha mão
Um imenso vazio
Lendas de carvão
Artifício ardil

Fugiste de mim
Abandonaste teu amor
Transformaste-o em dor
Porque amar é assim?

Não deixaste lembrança
Não posso ter esperança
De te reencontrar
De refazer o meu lar

No meu coração
Reside imenso vão
Uma lenda sutil
Meu amor partiu

Mas eu te espero
E com muito esmero
Eu teço novamente
Um amor resplandecente

Fogo

O fogo em seus cabelos
Arde em meu pensamento

Fraqueja meu sentimento

Arrepia os meus pêlos


Suas curvas ameaçadoras
Pelo destino moldadas
Uma vez encontradas
Passam a ser matadoras

E quando chegas perto
Meu futuro é incerto
Meu coração não bate

O teu fogo me ameaça
Se teu braço me enlaça
Eu desfaleço em parte

sábado, 6 de junho de 2009

Relatos

Não sei o que devo fazer
Nessa vida, certo mesmo é morrer
O dia passa lentamente
Enquanto subjugo rapidamente

Pairo pelo purgatório
Pulando pelas praças
Para pisotear o pranto
Precioso para poderosos padres

Vísceras espalhadas pelo chão
Morte no campo, caindo de um avião
Dia fatal para pagar um carma
Na cabeça o capacete, na mão a arma

Morro feliz, pois levo muitos comigo
Todos no chão como um simples inimigo
Simples não! Não é fácil matar
Às vezes, penso em meu crânio atirar

Tornar-se um assassino
Matar um mero menino
Ou um pai de família
Que foi enviado para a guerrilha

Não... não é fácil viver nesse mundo
Tornar-se o mais vil cão imundo
Para depois, viver assustado
Ouvindo balas zunindo ao lado

Tremendo noite e dia
Suando numa eterna agonia
Pensando na mulher e nos filhos
Nos meus desejos, nos meus idílios

Como quero sentir o mundo ceder
Ver tudo cair, ver tudo morrer
Mares, lagos, campos e mais
Toda a dor, todos os "ais"

Sei que a vida não é boa
Sei que não sinto mágoa à toa
Se eu soubesse mudar
Se eu pudesse me transformar

Me transformaria num deus
E cessaria este adeus
Que é permanente e pesado
Repetitivamente ensaiado

Tudo acabaria num minuto;
Toda dor, todo insulto,
Toda prece, toda humilhação,
Toda tristeza, toada inibição

Vamos! cantem à vida, só temos esta!
Cantem para os santos que tanto lhes detesta!
Cantem porque o motivo existe
Cantem a alegria de ser triste!

Aguardo o momento correto
E, como cobra, dou um bote certo
Corpo caído... olhos para o céu
Na boca, o gosto amargo de fel

Não quero mais viver assim
Não quero mais estas noites carmim
Eu quero o beijo da minha esposa
E não estas asas de mariposa

Sangue para todos os lados
Até meus pés, dele, ensopados
Eu poderia estar dormindo
Ou por uma estrada, sem destino

Mas aqui estou, dando a minha vida
Uma viagem triste, só de ida
Sei que aqueles olhos, não mais verei
Mas aqueles belos olhos, jamais esquecerei

O que vejo agora é meu passado
Diante de mim, num ligeiro recado
Minha vida alegre tornou-se triste
Uma explosão de sentimentos que persiste

Estou em paz!
Olhos abertos, procurando o cais
Já sei o que eu posso fazer
Nessa vida, certo mesmo é morrer...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Princípios

Eu não sou o que eles querem
E mesmo que eu seja

Não sou tão bom assim

E mesmo se fosse

Não teria coragem para agir

Se, por acaso tivesse

Eu não saberia como

E se soubesse

Não teria o instinto

E mesmo se tivesse

Não o faria.

Por quê?

Por que eu não sou o que eles querem

A Luz Do Fim

Sozinha...
Sozinha e com medo...
Com medo e no escuro
No escuro do fim do mundo

Eu não sei o que faço aqui
Como vim parar nesse lugar?
Penso nisso dia e noite
De repente faz-se luz!

Uma pressão enorme me empurra
Atravesso um longo corredor
O que vai acontecer comigo?
Luz! E meus olhos doem!

Tento abrí-los devagar
A claridade me encandeia
Mas a vontade de parar é grande
Com muito custo, enxergo

Percorro por cima da rua
Já ouvi falar em ruas,
Mas nunca as tinha visto
Isso deve ser uma rua

Não consigo pensar direito
Eu só quero parar agora!
Vejo o que acho ser um vidro
Já ouvi falar em vidros

Vou bater nele, e tenho medo
Não páro e vejo uma criança
Já ouvi falar em crianças
Finalmente consegui parar

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Nova Poética

Tentando rimar os versos
Agora, com a brisa do mar
Algumas cantigas de ninar
Com sentmentos imersos

Se foram os versos escuros
Chegou a tristeza escondida
Dentro do peito perdida
No meio de versos duros

Sumiram dizendo "Adeus!"
Esses versos esquecidos
Não serão mais ditos
Agora, os versos são meus

Passarinho

Disseram pra eu me esconder
Da chuva que nos maltrata

Que assusta e nos desata

Do crepúsculo ao alvorecer


Mas meu ninho, há muito foi feito
Num galho está firme e preso
De um vendaval escapa ileso
Minha morada é só o teu peito

E para todo e qualquer efeito
Sou passarinho que não voa
Mas também não fico à toa
Te amo, a torto e a direito