segunda-feira, 30 de novembro de 2009

(Apenas Mais Um) Soneto De Amor (Parte I) - Um Salto No Abismo

Às vezes penso em quem sou
Se sou alguém
Se não sou ninguém
De ontem para hoje, meu mundo mudou

Me afogo em pensamentos que me vêm
A escuridão torna meu dia em noite
Tua voz me vem como um açoite
Quero te ter em meus braços e mais além

Meu desejo aumenta a cada segundo
Meus dias acabam e não vejo o teu rosto
Penso em você a cada momento insano

Quando vais embora é o fim do mundo
Quando te abraço, meu amor deixo exposto
Cada minuto sem você é quase um ano

(Apenas Mais Um) Soneto De Amor (Parte II) - Dormir Em Teus Braços

Volta e meia a noite me atordoa
Vez perdida meu coração fica à toa
O que seria isso enfim?
Essa tormenta dentro de mim?

Ebriamente sonho contigo
Sonho e penso porque não estás comigo
Ter-te-ei num noite enluarada e fria
Teu corpo quente, minha cabeça vazia

Estarás em meus braços, perdida, apertada
Eu também, em teus braços, encurralado
Meus olhos, os teus a fitar

Não te sintas por meus olhos acuada
Terás o meu amor, para ti, escancarado
Tudo o que consigo é teu nome sussurrar

(Apenas Mais Um) Soneto De Amor (Parte III) - A Fool Romantic (The Dizziest Man)

In the night, in my dream
In the dephts of my being
Your face explodes every time
Your voice implodes me at night

Yesterday, today, tomorrow
All I have in my heart is deep sorrow
Free your mind and stay with me
The dizziest man is what you see

You're acting like a heart slayer
You're making me feel like a prayer
Stained by the life, I'm a fool

Realizing things in my mind
You and me at the shrine
All I want to hear: "Yes, I do"

Um nó na garganta que não deixa chorar
Um nó no coração que não sabe o que falar
E acaba magoando a pessoa que chora
Viremos as costas, pois, à quem a ignora

Um nó na alma das mães, dos irmãos
Um nó desatado exalando suspiros e nãos
O brilho dos teus olhos será eterno
E teu sorriso, sempre doce e terno

Cada nó na garganta foi desatado
Haveremos semrpe de ficar ao teu lado
Enquanto existir o amor, vamos te amar

Uma só luz e não estarás perdida
Daremos todas elas para te guiar
Até logo e Deus a guarde, minha querida

Mercy

Today is a day to forget
Today is a day to reject
Deep sorrow lies in my mind
The truth is deepest behind

When I call you, you're not with me
I want you now, and I want you free
You thrashed my outside of your heart
You ruined our love and left me a scar

Throw me in the fire and I'll feel better
In hell I can see you and write a letter
Don't leave me eternally falling
'Cause this is my last calling

Estrada De Tijolos Amarelos

Descobri o teu nome
Descobri a tua boca
Na minha mente louca
Tua face não some

Descobri a tua voz
Descobri o meu amor
Descascaste minha noz
Em meu mundo, teu sabor

A lua me deu um mar
Para, em ti, me afogar
Um poema me achou
E minha vida findou

Os teus olhos eu vejo
E mais eu te desejo
Num caminho indolor
Encontrei a tua flor

Flor de desejo em mim
Com seu perfume no ar
Vou caminhando assim,
Nos teus olhos, devagar

Confusão

De lágrimas, um temporal
De palavras, um sarau
De carícias, um vendaval
De amores, um carnaval

Sigo sorrindo sem saber
Se sofro, se saio
Se sonho... Simulacro!
Sagrada sinestesia

Profano e padre
Prostituta e prazer
Paraíso e pecado
Pai e poeta

Quando a batida mente
Não quer acreditar
Que não vai afogar
O coração da gente

Fica surda e dormente
Mas o temporal vem salvar
E refazer o mar
Não mais que de repente

Salvação

Não quero saudade de fel,
Tua falta me faz chorar.
Meus olhos bem longe do céu,
Meu corpo bem longe do mar.

Serei num tribunal, o réu,
Meu pecado é te amar.
Só quero meus olhos no céu,
Só quero meus olhos no mar.

A bruma chega num véu,
E teu perfume pelo ar.
Meus olhos escutam o céu,
Meu corpo degusta o mar.

Me embriagar no teu mel,
Nos teus lábios me afogar.
Eu quero meus olhos no céu,
Eu quero meus olhos no mar.

Não quero saudade de fel,
Tua falta me faz chorar
Encontro teus olhos: meu céu,
Encontro teu corpo: meu mar.







(Estrutura e rimas baseadas no poema "Ismália" de Alphonsus de Guimaraens.)

A Tristeza Escondida Por Trás Da Máscara Da Alegria

Sonha palhaço, com tua amada
Com esta mulher imaculada
Com o brilho de seus olhos
E com seu rosto, sem refolhos

Palhaço, espera sentado
Pois ladrão de mulher
É sempre mal-amado
É sempre um malmequer

Nesta espera sangrenta
Pinta teu rosto de magenta
Disfarça tua alma impura
Deixando-a menos obscura

Pinta a cara com teu sangue
Assim, parecerás menos langue
Esse teu semblante de pária
Mereces a mais fúnebre ária

Palhaço, lembra que o teu sonho
Nada mais é que um futuro risonho
Que não baterá à tua porta
Lembra que a tua vida já é morta

Não terás direito ao amor
Sonha, Palhaço, com o teu futuro
Reza, Palhaço, com todo o fervor
Porque esta dor eu não curo

Sei tudo o que terás na vida
Do teu caminho, da tua lida
Entre teus dedos eu escorro
Pois eu, sou a última que morro!

Ode Ao Cu

O cu! Ah, o cu...
O que dizer sobre o cu?
Ah! É apenas o cu!
O que mais é o cu para tu?

Para mim, só o orifício excretor
Purifica-te do indesejado bolor
Senta-te na bela privada e caga
Pensando na tua mulher tão amada

Levanta-te e olha para a privada
E ri daquela merda afogada
Sente agora o fedor de urubu
Da merda que saiu do teu bendito cu




Agradeço esses versos ao meu amigo Denis Verlaine, que teve a maravilhosa ideia de iniciar este poema!
http://www.facebook.com/#!/denis.vitor.5

A Poem For You

Give me your sorrow and your nightmares
I'll put them into my unshaped spheres
We will walk side by side with happiness
Let me drown in your emotion sickness

Hold my hand with a stainless heart
Cure my unforgiven and unhealing scar
I want you free to manipulate my mind
And give me a route to escape from my own sight

This poem is just for you
This poem is to burn my blood
Into an eternal fountain of love

A time bomb inspired me
To explode our life and above
You and me... just you and me...

Obrigado Pelo Amor Que Não Vem

Tua face não me deixa dormir
Teus olhos não me deixam sorrir
Da tua boca eu sou refém
Obrigado pelo amor que não vem

Quem dera te ter sempre ao meu lado
Quem dera viver num mundo encantado
Sei que em minha boca, a tua não investe
Obrigado pelo amor que não me deste

Queria ver teu doce sorriso
Queria sentir teu lábio indeciso
Mas, ao teu lado, eu posso dizer:
Obrigado por me fazer sofrer

Não quero ser apenas teu amigo
Escuta agora o que eu te digo:
Por não me amar, não te condeno
Obrigado pelo teu veneno

Soneto À (Não) Arte

A arte hoje chegou à mediocridade
Tudo é arte! Isso é unanimidade
Qualquer aço retorcido ou papel amassado
São comparados, Michelangelo e excremento modelado

Perderam interesse num belo "Rimbaud"
Nada é arte! Nem mesmo aquela dor
Nem o verso fino de Cecíla
Nem a triste história de Marília

São atraídos por coisas fáceis de assimilar
Versos decifrávis ao primeiro olhar
Onde foi parar a graça da arte?

Não se sabe exatamente em que parte
Quem sabe, dentro de um chafariz
Ou ainda, perdida no Ar de Paris!

O Asilo Da Loucura

Mil mundos morrem mais e mais
Me manipulo, me maltrato
Minha mente me machuca
Mas, mesmo morto, meu mundo muda

Prantos principiados por palavras pobres
Pinturas pungem paráfrases
Porque pirar? Para pairar?
Para pairar, preciso pirar?

Da dor, devaneios
Do delírio, depravação
Da droga, drama
Da devassidão, dependência

O sangue tinge meu rosto e alcança
As facas afiadas com gosto de vingança
O Coringa não é uma carta comum
Tortura todos, de um por um

Vem

Uma vez pensei em te amar
Cada dia a mais, eu queria te beijar
Arrependo-me de não ter te beijado
Minha alegria seria conseguir te encantar
Mas uma vez te abraçar e andar lado a lado

Ilegalmente entraste em meu coração
Dividiste meu corpo na total escuridão
Evitei me encontrar com o teu olhar
Ficava entorpecido à tua face vislumbrar
Mas inventei maneiras diferentes de te amar

Por mais que eu tente, não consigo esquecer
Que o te sorriso é tudo o que eu preciso ver
Você me atormenta numa noite sem fim
Não quero que saias de perto de mim
Fica aqui, me abraça e não larga mais
Comigo ao teu lado, deixa o mundo pra trás

Tuas Asas

Asas de anjo que me engolem
Fazendo que bênçãos em mim assolem
Que meu coração se alegre a cada dia
Estancando assim, minha eterna sangria

Brancas são as asas do meu anjo levado
Dessas asas nunca fico saciado
Esse beijo e essa boca sandia
Deram cores à minha vida, antes vazia

Mostra-me aogra, assim:
Com estas asas antes carmim
Este amor que é só meu
Este olhar que em mim se perdeu

Teu Sim, Meu Não

As asas do teu anjo me visitam durante o sono
Quando acordado, só vejo a cauda do meu demônio
Teu anjo traz tua lembrança cheia de amargura
Meu demônio traz tua saudade repleta de doçura

Dormindo, sonho contigo e teu anjo me abraça
Acordado, não te vejo e meu demônio me ameaça
Teu anjo, me aprisiona, me maltrata e me tortura
Meu demônio me liberta para uma vida de loucura

Teu anjo me quer triste, fraco e acuado
Domina meu coração e o deixa trancado
O instinto do meu demônio é teimoso e forte
Não se dará por vencido e lutará até a morte

Teu anjo me encata com um amor inventado
Meu demônio luta contra um amor indesejado
O fim não tem fim quando teu anjo vem me ver
Anjo caído que está tentando me enlouquecer