Que inveja do trovador
Que dedilha o violão
Maltratando meu coração
Enchendo-me de dor
Os mais belos acordes
Tocados com toda alma
Minha mão não se acalma
Se tu não me mordes
Viola de curvas bem feitas
Quando fores tocada
Por mim acariciada
Em minha mão te deitas
Trago-te a eternidade
Com a mão sedenta
A boca turbulenta
Rouba-me a mocidade
Dia e noite contigo
Dedilhando sem fim
Minha viola carmim
Eu quero o teu castigo
terça-feira, 30 de junho de 2009
sexta-feira, 12 de junho de 2009
A Morte Do Amor
Rosas negras em meu jardim
Cravos-de-defunto e jasmim
Flores em coroas adornadas
Brancas, rosas ou azuladas
Os sentimentos puros jazem
E os impuros só me trazem
A loucura triste do viver
Imaginando onde está você
Sobre sete palmos de terra
É onde tudo de bom encerra
Não há um só espírito santo
Que não chore com meu canto
Cravos-de-defunto e jasmim
Flores em coroas adornadas
Brancas, rosas ou azuladas
Os sentimentos puros jazem
E os impuros só me trazem
A loucura triste do viver
Imaginando onde está você
Sobre sete palmos de terra
É onde tudo de bom encerra
Não há um só espírito santo
Que não chore com meu canto
Perdida Em Você
Não... não posso crer
Meus olhos podem ver
Minha mente morre
E meu amor escorre
Em minha mão
Um imenso vazio
Lendas de carvão
Artifício ardil
Fugiste de mim
Abandonaste teu amor
Transformaste-o em dor
Porque amar é assim?
Não deixaste lembrança
Não posso ter esperança
De te reencontrar
De refazer o meu lar
No meu coração
Reside imenso vão
Uma lenda sutil
Meu amor partiu
Mas eu te espero
E com muito esmero
Eu teço novamente
Um amor resplandecente
Meus olhos podem ver
Minha mente morre
E meu amor escorre
Em minha mão
Um imenso vazio
Lendas de carvão
Artifício ardil
Fugiste de mim
Abandonaste teu amor
Transformaste-o em dor
Porque amar é assim?
Não deixaste lembrança
Não posso ter esperança
De te reencontrar
De refazer o meu lar
No meu coração
Reside imenso vão
Uma lenda sutil
Meu amor partiu
Mas eu te espero
E com muito esmero
Eu teço novamente
Um amor resplandecente
Fogo
O fogo em seus cabelos
Arde em meu pensamento
Fraqueja meu sentimento
Arrepia os meus pêlos
Suas curvas ameaçadoras
Pelo destino moldadas
Uma vez encontradas
Passam a ser matadoras
E quando chegas perto
Meu futuro é incerto
Meu coração não bate
O teu fogo me ameaça
Se teu braço me enlaça
Eu desfaleço em parte
Arde em meu pensamento
Fraqueja meu sentimento
Arrepia os meus pêlos
Suas curvas ameaçadoras
Pelo destino moldadas
Uma vez encontradas
Passam a ser matadoras
E quando chegas perto
Meu futuro é incerto
Meu coração não bate
O teu fogo me ameaça
Se teu braço me enlaça
Eu desfaleço em parte
sábado, 6 de junho de 2009
Relatos
Não sei o que devo fazer
Nessa vida, certo mesmo é morrer
O dia passa lentamente
Enquanto subjugo rapidamente
Pairo pelo purgatório
Pulando pelas praças
Para pisotear o pranto
Precioso para poderosos padres
Vísceras espalhadas pelo chão
Morte no campo, caindo de um avião
Dia fatal para pagar um carma
Na cabeça o capacete, na mão a arma
Morro feliz, pois levo muitos comigo
Todos no chão como um simples inimigo
Simples não! Não é fácil matar
Às vezes, penso em meu crânio atirar
Tornar-se um assassino
Matar um mero menino
Ou um pai de família
Que foi enviado para a guerrilha
Não... não é fácil viver nesse mundo
Tornar-se o mais vil cão imundo
Para depois, viver assustado
Ouvindo balas zunindo ao lado
Tremendo noite e dia
Suando numa eterna agonia
Pensando na mulher e nos filhos
Nos meus desejos, nos meus idílios
Como quero sentir o mundo ceder
Ver tudo cair, ver tudo morrer
Mares, lagos, campos e mais
Toda a dor, todos os "ais"
Sei que a vida não é boa
Sei que não sinto mágoa à toa
Se eu soubesse mudar
Se eu pudesse me transformar
Me transformaria num deus
E cessaria este adeus
Que é permanente e pesado
Repetitivamente ensaiado
Tudo acabaria num minuto;
Toda dor, todo insulto,
Toda prece, toda humilhação,
Toda tristeza, toada inibição
Vamos! cantem à vida, só temos esta!
Cantem para os santos que tanto lhes detesta!
Cantem porque o motivo existe
Cantem a alegria de ser triste!
Aguardo o momento correto
E, como cobra, dou um bote certo
Corpo caído... olhos para o céu
Na boca, o gosto amargo de fel
Não quero mais viver assim
Não quero mais estas noites carmim
Eu quero o beijo da minha esposa
E não estas asas de mariposa
Sangue para todos os lados
Até meus pés, dele, ensopados
Eu poderia estar dormindo
Ou por uma estrada, sem destino
Mas aqui estou, dando a minha vida
Uma viagem triste, só de ida
Sei que aqueles olhos, não mais verei
Mas aqueles belos olhos, jamais esquecerei
O que vejo agora é meu passado
Diante de mim, num ligeiro recado
Minha vida alegre tornou-se triste
Uma explosão de sentimentos que persiste
Estou em paz!
Olhos abertos, procurando o cais
Já sei o que eu posso fazer
Nessa vida, certo mesmo é morrer...
Nessa vida, certo mesmo é morrer
O dia passa lentamente
Enquanto subjugo rapidamente
Pairo pelo purgatório
Pulando pelas praças
Para pisotear o pranto
Precioso para poderosos padres
Vísceras espalhadas pelo chão
Morte no campo, caindo de um avião
Dia fatal para pagar um carma
Na cabeça o capacete, na mão a arma
Morro feliz, pois levo muitos comigo
Todos no chão como um simples inimigo
Simples não! Não é fácil matar
Às vezes, penso em meu crânio atirar
Tornar-se um assassino
Matar um mero menino
Ou um pai de família
Que foi enviado para a guerrilha
Não... não é fácil viver nesse mundo
Tornar-se o mais vil cão imundo
Para depois, viver assustado
Ouvindo balas zunindo ao lado
Tremendo noite e dia
Suando numa eterna agonia
Pensando na mulher e nos filhos
Nos meus desejos, nos meus idílios
Como quero sentir o mundo ceder
Ver tudo cair, ver tudo morrer
Mares, lagos, campos e mais
Toda a dor, todos os "ais"
Sei que a vida não é boa
Sei que não sinto mágoa à toa
Se eu soubesse mudar
Se eu pudesse me transformar
Me transformaria num deus
E cessaria este adeus
Que é permanente e pesado
Repetitivamente ensaiado
Tudo acabaria num minuto;
Toda dor, todo insulto,
Toda prece, toda humilhação,
Toda tristeza, toada inibição
Vamos! cantem à vida, só temos esta!
Cantem para os santos que tanto lhes detesta!
Cantem porque o motivo existe
Cantem a alegria de ser triste!
Aguardo o momento correto
E, como cobra, dou um bote certo
Corpo caído... olhos para o céu
Na boca, o gosto amargo de fel
Não quero mais viver assim
Não quero mais estas noites carmim
Eu quero o beijo da minha esposa
E não estas asas de mariposa
Sangue para todos os lados
Até meus pés, dele, ensopados
Eu poderia estar dormindo
Ou por uma estrada, sem destino
Mas aqui estou, dando a minha vida
Uma viagem triste, só de ida
Sei que aqueles olhos, não mais verei
Mas aqueles belos olhos, jamais esquecerei
O que vejo agora é meu passado
Diante de mim, num ligeiro recado
Minha vida alegre tornou-se triste
Uma explosão de sentimentos que persiste
Estou em paz!
Olhos abertos, procurando o cais
Já sei o que eu posso fazer
Nessa vida, certo mesmo é morrer...
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Princípios
Eu não sou o que eles querem
E mesmo que eu seja
Não sou tão bom assim
E mesmo se fosse
Não teria coragem para agir
Se, por acaso tivesse
Eu não saberia como
E se soubesse
Não teria o instinto
E mesmo se tivesse
Não o faria.
Por quê?
Por que eu não sou o que eles querem
E mesmo que eu seja
Não sou tão bom assim
E mesmo se fosse
Não teria coragem para agir
Se, por acaso tivesse
Eu não saberia como
E se soubesse
Não teria o instinto
E mesmo se tivesse
Não o faria.
Por quê?
Por que eu não sou o que eles querem
A Luz Do Fim
Sozinha...
Sozinha e com medo...
Com medo e no escuro
No escuro do fim do mundo
Eu não sei o que faço aqui
Como vim parar nesse lugar?
Penso nisso dia e noite
De repente faz-se luz!
Uma pressão enorme me empurra
Atravesso um longo corredor
O que vai acontecer comigo?
Luz! E meus olhos doem!
Tento abrí-los devagar
A claridade me encandeia
Mas a vontade de parar é grande
Com muito custo, enxergo
Percorro por cima da rua
Já ouvi falar em ruas,
Mas nunca as tinha visto
Isso deve ser uma rua
Não consigo pensar direito
Eu só quero parar agora!
Vejo o que acho ser um vidro
Já ouvi falar em vidros
Vou bater nele, e tenho medo
Não páro e vejo uma criança
Já ouvi falar em crianças
Finalmente consegui parar
Sozinha e com medo...
Com medo e no escuro
No escuro do fim do mundo
Eu não sei o que faço aqui
Como vim parar nesse lugar?
Penso nisso dia e noite
De repente faz-se luz!
Uma pressão enorme me empurra
Atravesso um longo corredor
O que vai acontecer comigo?
Luz! E meus olhos doem!
Tento abrí-los devagar
A claridade me encandeia
Mas a vontade de parar é grande
Com muito custo, enxergo
Percorro por cima da rua
Já ouvi falar em ruas,
Mas nunca as tinha visto
Isso deve ser uma rua
Não consigo pensar direito
Eu só quero parar agora!
Vejo o que acho ser um vidro
Já ouvi falar em vidros
Vou bater nele, e tenho medo
Não páro e vejo uma criança
Já ouvi falar em crianças
Finalmente consegui parar
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Nova Poética
Tentando rimar os versos
Agora, com a brisa do mar
Algumas cantigas de ninar
Com sentmentos imersos
Se foram os versos escuros
Chegou a tristeza escondida
Dentro do peito perdida
No meio de versos duros
Sumiram dizendo "Adeus!"
Esses versos esquecidos
Não serão mais ditos
Agora, os versos são meus
Agora, com a brisa do mar
Algumas cantigas de ninar
Com sentmentos imersos
Se foram os versos escuros
Chegou a tristeza escondida
Dentro do peito perdida
No meio de versos duros
Sumiram dizendo "Adeus!"
Esses versos esquecidos
Não serão mais ditos
Agora, os versos são meus
Passarinho
Disseram pra eu me esconder
Da chuva que nos maltrata
Que assusta e nos desata
Do crepúsculo ao alvorecer
Mas meu ninho, há muito foi feito
Num galho está firme e preso
De um vendaval escapa ileso
Minha morada é só o teu peito
E para todo e qualquer efeito
Sou passarinho que não voa
Mas também não fico à toa
Te amo, a torto e a direito
Da chuva que nos maltrata
Que assusta e nos desata
Do crepúsculo ao alvorecer
Mas meu ninho, há muito foi feito
Num galho está firme e preso
De um vendaval escapa ileso
Minha morada é só o teu peito
E para todo e qualquer efeito
Sou passarinho que não voa
Mas também não fico à toa
Te amo, a torto e a direito
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