segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Soneto À (Não) Arte

A arte hoje chegou à mediocridade
Tudo é arte! Isso é unanimidade
Qualquer aço retorcido ou papel amassado
São comparados, Michelangelo e excremento modelado

Perderam interesse num belo "Rimbaud"
Nada é arte! Nem mesmo aquela dor
Nem o verso fino de Cecíla
Nem a triste história de Marília

São atraídos por coisas fáceis de assimilar
Versos decifrávis ao primeiro olhar
Onde foi parar a graça da arte?

Não se sabe exatamente em que parte
Quem sabe, dentro de um chafariz
Ou ainda, perdida no Ar de Paris!

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