domingo, 31 de outubro de 2010

Fada

Depois de uma garrafa de absinto, eis que nos surge uma inspiração realmente horrorshow! Mostro-lhes, ó, queridos leitores, o que nasceu naquela noite banhada de verde!












De repente, vi uma fada

Uma fada verde, uma fada quente
Uma fada caliente
Aguçando a minha mente

Entrelaçando o meu corpo
Nas tripas, sinto um aborto
No meu corpo sinto um calor
Um calor verde
Que na minha rede
Faz-me gozar, sonhar de amor

E nestes versos sucintos
Com goles de absinto

Sinto em minha mente
Alegria, nestes versos dormentes
Lembranças e tristezas presentes
Do verde que um dia foi presente!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Fiat Lux

Os maiores sacrifícios
As maiores dores
Todos os dissabores
Com poucos artifícios

Nos viramos em mil
Pra cumprir uma missão
E a fazemos com paixão
Com o coração febril

Sem amor, não anda
Trabalho mal feito
Não temos o despeito
De entrar nessa ciranda

Incitamos a curiosidade
Do infinito saber
É o belo alvorecer
Que as cabeças invade

É o brilho do sol
Raiando o dia
Trazendo a alforria
Lento qual caracol

O trabalho é duro
Às vezes, nem compensa
Caçada sem recompensa
Mas é honrado e puro

É essa honra que nos conduz
E temos autoridade de dEUS
Pra dizer aos filhos teus:
Faça-se a luz!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Teimosia

Ora quero, ora não
Ora beijo, ora bato
Ora bom, ora chato
Ora espero, em oração

Horas a fio
Passam devagar
Fico a esperar
Aquele arrepio

Nem tanto assim
Nem oito, nem oitenta
Nem três ele aguenta
É bom, mas não pra mim

É tudo o que preciso
Bonito, inteligente
Um futuro pela frente
E chegou sem aviso

Bonito... pode ser
Inteligente... também
Mas ele não me convém
Ele só quer aparecer

Vou me atirar fundo
Me jogar em seus braços
Já anseio os amassos
E nascer a cada segundo

Já não escuta a razão
Não raciocina mais
Já está longe do cais
Só ouve seu coração

Essa história já presenciei
Vai mergulhar no mar
E depois, vai se afogar
Só não diga que não avisei