terça-feira, 27 de abril de 2010

Pupilo de Amon-Rá

Já fui uma pequena semente
Querendo ser grande e imponente
Regado, pude crescer livremente
Virei broto quase de repente

Sobrevivi à muitas tempestades
Senti frio, fome e também calor
Ansiava por grandes cidades
De suas brisas, sentir o sabor

Enquanto isso, fitava Amon-Rá
começava às cinco da matina
E continuava até ele descansar
E essa sempre foi minha rotina

Até que fui decepado do jardim
Me jogaram num lugar indesejado
Lá, ainda senti aroma de jasmim
Depois, abri os olhos, alarmado

Onde estou? Como vim parar aqui?
Pelo menos, pude obter respostas
Consegui ver uma sala e um guri
Onde estou? Façam suas apostas

Luzes artificiais me rodeiam
Sou um pupilo de Amon-Rá!
Será que todos me odeiam?
Assim, estou fadado a murchar

Minha cabeça cai aos poucos
Sei que eu preciso do Sol
Acho que deus só olha os loucos
Já escuto a Valsa Em Ré Menor

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