Quero ser palhaço
Mas não faço rir
Quero ir pro espaço
Mas terei que partir
Quero ser ator
Mas não sei representar
Quero ser cantor
Mas não sei solfejar
Quero ser violonista
Mas não sei dedilhar
Quero ser guitarrista
Mas não sei solar
Quero ser escritor
Mas não tenho paciência
Quero fazer humor
Mas me falta sapiência
Quero ser ladrão
Mas não boto medo
Quero ser escrivão
Mas não tenho enredo
Quero ser malandro
Mas me falta esperteza
Quero ser arqueiro brando
Mas não tenho destreza
Quero ser clínico
Tenho medo de sangue
Quero ser cínico
Mas sou um tanto langue
Quero ser escalador
Mas tenho vertigem
Quero ser estuprador
Mas eu respeito virgem
Na minha vida incerta
Sou um ser sem nome
Só posso ser poeta
Pra morrer de amor e fome
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Boca, Vinho E Ballet
O desejo do Arlequim
É o mesmo que sinto
Tua boca e vinho tinto
Num ballet belo e sem fim!
É o mesmo que sinto
Tua boca e vinho tinto
Num ballet belo e sem fim!
terça-feira, 31 de agosto de 2010
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Aos 60
Não lembro do último dia
Que você veio me ver
Acabar com a calmaria
Veio cheia de energia
Doida pra me enlouquecer
Quando eu menos esperava
Você começou devagar
Parecia que me atocaiava
Parecia que me buscava
E não sabia onde procurar
Tal como uma puta fria
Que começa meio sem sal
Mas esquenta minha alegria
Quem me dera essa magia
Não fosse só um carnaval
Que é uma vez por ano
Demora até sua vez chegar
Parece uma eternidade e tanto
Mas não dura quanto
Eu acho que tem que durar
Mas já não me importo
Já não ligo mais pra isso
Hoje eu só me comporto
Olho pra trás e me conforto
Pois, um dia, fui submisso
Mas assim é minha vida
E meus sonhos assim morrerão
Hoje já está absolvida
Não quero mais essa bandida
Essa bastarda dessa ereção!
Que você veio me ver
Acabar com a calmaria
Veio cheia de energia
Doida pra me enlouquecer
Quando eu menos esperava
Você começou devagar
Parecia que me atocaiava
Parecia que me buscava
E não sabia onde procurar
Tal como uma puta fria
Que começa meio sem sal
Mas esquenta minha alegria
Quem me dera essa magia
Não fosse só um carnaval
Que é uma vez por ano
Demora até sua vez chegar
Parece uma eternidade e tanto
Mas não dura quanto
Eu acho que tem que durar
Mas já não me importo
Já não ligo mais pra isso
Hoje eu só me comporto
Olho pra trás e me conforto
Pois, um dia, fui submisso
Mas assim é minha vida
E meus sonhos assim morrerão
Hoje já está absolvida
Não quero mais essa bandida
Essa bastarda dessa ereção!
sábado, 14 de agosto de 2010
Tão Cedo
Já está indo embora?
Toma mais um copo
Isso, ou eu te dopo
Você vai justo agora?
Fuma mais um cigarro
Esquece o que passou
Me diz quem me matou
Ou na angústia me amarro
Ainda está cedo pra ir
Sobra vinho na taça
Vem aqui e me abraça
O céu nem começou a cair
Senta e me ressuscita
Me acalma com um sorriso
Me beija de improviso
Me dá a tua guarita
Eu ainda estou com medo
Não vá saindo tão triste
Por favor, não desite
Ainda está muito cedo
Toma mais um copo
Isso, ou eu te dopo
Você vai justo agora?
Fuma mais um cigarro
Esquece o que passou
Me diz quem me matou
Ou na angústia me amarro
Ainda está cedo pra ir
Sobra vinho na taça
Vem aqui e me abraça
O céu nem começou a cair
Senta e me ressuscita
Me acalma com um sorriso
Me beija de improviso
Me dá a tua guarita
Eu ainda estou com medo
Não vá saindo tão triste
Por favor, não desite
Ainda está muito cedo
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Deicídio
Meu Deus, o que eu fiz?
Não vejo mais o teu amor
De ti, só sinto o rancor
Não morri por um triz
Conheceste o demônio em flor
Camuflada de fiel amiga
Serpente fazendo intriga
Fez-te vil e pecador
Não me vias à tua frente
Após horas de preparo
Minhas pernas escancaro
E me fazias evanescente
Ser sem igual na terra
Sagrado e onipotente
O Deus mais imponente
Mas Ele também erra
Até então não tinha ciência
De como tu me controlavas
Das vezes que tu me calavas
Esta era tua triste tendência
Não vou ser mais uma infeliz
Não quero mais teu sorriso
Nem perecer diante do paraíso
Nem nosso nome riscado de giz
Não quero passear à esmo
Soltar de vez minha libido
Naquele tom maior sustenido
Não... Não quero mesmo
Eis-me para o Deicídio
Mato agora teu Deus em mim
Dando ao meu pranto um fim
Neste bem pensado suicídio
Não vejo mais o teu amor
De ti, só sinto o rancor
Não morri por um triz
Conheceste o demônio em flor
Camuflada de fiel amiga
Serpente fazendo intriga
Fez-te vil e pecador
Não me vias à tua frente
Após horas de preparo
Minhas pernas escancaro
E me fazias evanescente
Ser sem igual na terra
Sagrado e onipotente
O Deus mais imponente
Mas Ele também erra
Até então não tinha ciência
De como tu me controlavas
Das vezes que tu me calavas
Esta era tua triste tendência
Não vou ser mais uma infeliz
Não quero mais teu sorriso
Nem perecer diante do paraíso
Nem nosso nome riscado de giz
Não quero passear à esmo
Soltar de vez minha libido
Naquele tom maior sustenido
Não... Não quero mesmo
Eis-me para o Deicídio
Mato agora teu Deus em mim
Dando ao meu pranto um fim
Neste bem pensado suicídio
quinta-feira, 29 de julho de 2010
O Beijo De Um Poeta
Ainda hoje sou descrente
Que a pequena infante
Menina chamada Rayane
Saiu do teu áureo ventre
És toda a cândida beleza,
Tens a chave dos prazeres,
Dentre todos os seres
És a mais bela da natureza
Para te mostrar o meu amor,
Todo meu carinho e apreço
À tua amizade eu agradeço
Te presenteio, minha flor
Sem rodeio e sem dilema
Com um beijo em forma de poema
Que a pequena infante
Menina chamada Rayane
Saiu do teu áureo ventre
És toda a cândida beleza,
Tens a chave dos prazeres,
Dentre todos os seres
És a mais bela da natureza
Para te mostrar o meu amor,
Todo meu carinho e apreço
À tua amizade eu agradeço
Te presenteio, minha flor
Sem rodeio e sem dilema
Com um beijo em forma de poema
domingo, 25 de julho de 2010
Romântico
Flores para uma flor
A lua, tímida, se esconde
Eu beijo tua fronte
Com todo o meu amor
Tome, é o meu melhor poema
De amor ele é entalhado
O mais belo e bem acabado
Sem soslaio e sem dilema
O meu amor é sem fim
Grande como o universo
Verdadeiro, sem inverso
E forte como o carmim
Isso seria, quem sabe
O ensaio de um cego
Um burro alter ego
Que aqui não cabe!
O romântico de verdade
Sofre em silêncio e só
Tem a mulher e tem um nó
Que não desata por caridade
No século dezenove, sim!
Existiam românticos
Com seus tristes cânticos,
Amadas, dilemas, enfim!
Um sentimento no lixo
Completamente alterado
Sem dó foi dilacerado
E transformado em bicho
Estranho hoje em dia
Metamorfoseado em moda
Vergonha que incomoda
Pecado que não expia
A lua, tímida, se esconde
Eu beijo tua fronte
Com todo o meu amor
Tome, é o meu melhor poema
De amor ele é entalhado
O mais belo e bem acabado
Sem soslaio e sem dilema
O meu amor é sem fim
Grande como o universo
Verdadeiro, sem inverso
E forte como o carmim
Isso seria, quem sabe
O ensaio de um cego
Um burro alter ego
Que aqui não cabe!
O romântico de verdade
Sofre em silêncio e só
Tem a mulher e tem um nó
Que não desata por caridade
No século dezenove, sim!
Existiam românticos
Com seus tristes cânticos,
Amadas, dilemas, enfim!
Um sentimento no lixo
Completamente alterado
Sem dó foi dilacerado
E transformado em bicho
Estranho hoje em dia
Metamorfoseado em moda
Vergonha que incomoda
Pecado que não expia
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Capoto No País Das Maravilhas

CAPOTO: Mó mazela aqui em casa... Mãe! Vou pra rua! Nada pra fazer aqui, vou chegar lá na praia e ver qual é a de mesmo! Ih... Que coelho doidera!!! From hell mesmo! Vou atrás dele! [...] Que bicho pra correr da porra! Eita carai! Ahhhhhhhhhh... [...] Porra... De onde veio aquele buraco, e que lugar doideeeeera é esse? Ah, foda-se! Sim! Aquele coelho...
COELHO BRANCO: Atrasado! Estou atrasado!
CAPOTO: Ei coelho doido! Tu vai correndo pra onde, meu irmão?
COELHO BRANCO: Não escutou? Estou atrasado!
CAPOTO: Ei! Peraí, porra! Meu irmão.. Vou atrás desse doido! Já tô por aqui mesmo. [...] O miserável corre demais! Eita! DOIDEEEEERAAAA!!! Uma lagarta gigante fumando narguilé! E aí Lagarta, qual a boa?
LAGARTA AZUL: Quem é você?
CAPOTO: Meu nome é Túlio Capoto, mas pode me chamar de Capoto! E esse narguilé aí, é massa?
LAGARTA AZUL (dá um trago): Você gosta?
CAPOTO: Nunca fumei narguilé, só o meu vaporizer... Me dá um trago?
LAGARTA AZUL: Sinta-se à vontade...
CAPOTO: Massa... Me dá essa parada aí! [...] MEU IRMÃO!!! DOIDEEEEEERA!!! Tem o quê nisso aqui?
LAGARTA AZUL: É uma mistura de ervas secreta, desculpe, mas não posso te contar!
CAPOTO: De boa... Me diz aí, tu viu um coelho branco passar correndo feito um doido por aqui?
LAGARTA AZUL (apontando pra esquerda): Sim! Ele passou correndo por esse caminho, por entre essas árvores!
CAPOTO: É quente, bicho! Vou atrás dele... Jah loooove...
LAGARTA AZUL: Garoto estranho...
CAPOTO: Ei! Coelho doido! Cadê vo... cê? Lugarzinho legal hein? E aí bicho? Dando uma festinha é? Gostei do chapéu!
CHAPELEIRO MALUCO: Obrigado! É o meu preferido! Venha e junte-se a nós! Estamos festejando o nosso desaniversário! O meu e por coincidência, também o da Lebre de Março!
LEBRE DE MARÇO: Chá?
CAPOTO: Pode crer! Que onda é essa de desaniversário?
LEBRE DE MARÇO: Sabe o dia que você nasceu, que você comemora o seu aniversário? Pois é... Não é esse!
CAPOTO: Oxe! Tipo, todos os outros são?
CHAPELEIRO MALUCO: Ora, claro!
CAPOTO: Então hoje é o meu desaniversário também!
CHAPELEIRO MALUCO: Que coincidência! Então vamos comemorar!
LEBRE DE MARÇO: Chá?
CAPOTO: Não sou muito chegado em chá, mas me dá essa porra aí que eu vou tomar!
LEBRE DE MARÇO (enchendo uma xícara): Tenho certeza de que você vai gostar!
CAPOTO (dando um gole): Eita porra! Esse chá é de quê, véi?
CHAPELEIRO MALUCO: Ah... É feito com uma flor branca, muito rara que se parece uma corneta e que nasce nas fezes do Jaguadarte!
CAPOTO (consigo mesmo): Qualquer semelhança é mera coincidência... A lua tá massa hoje, parece um sorriso! Ei Do Chapéu! Esse teu chá é dos bons. Já tô vendo a lua aumentando, aumentando... Eita porra!!! Um gato!?
CHAPELEIRO MALUCO: Ah! Eis o nosso mais honrado convidado, o Gato de Cheshire!
GATO DE CHESHIRE: Olá, pode me chamar apenas de Mestre Gato!
CAPOTO: Gato falante!? Um coelho eu até aturo, mas um gato!? Isso é pura loucura!
GATO DE CHESHIRE (com um sorriso enorme): Loucura... Mas o que é a loucura senão o que vivemos no nosso dia a dia?
CAPOTO: Ah, não me vem com filosofia não, senão vai arriar a minha lombra...
GATO DE CHESHIRE (contrariado): Nesse caso, vou-me! Adeus Chapeleiro! Adeus Lebre! Quando este insignificante ser for-se, eu voltarei!
CAPOTO: Meu irmão! Ele virou fumaça! Eu queria saber fazer isso...
CHAPELEIRO MALUCO: Não ligue pro Mestre Gato, ele é um tanto sentimental!
LEBRE DE MARÇO: Mais chá?
CAPOTO: Quer me matar? Não! Tá bom de chá! E eu vou atrás daquele coelho doido. Se bem que eu nem sei por que eu tô atrás dele, mas como eu já vim parar na Viagemlândia...
CHAPELEIRO MALUCO: Viagemlândia!? Não, meu garoto! Aqui é o País das Maravilhas!
CAPOTO: Ah... Tanto faz... Vocês viram o Coelho Doido?
CHAPELEIRO MALUCO: O Coelho passou por aqui e estava indo pro castelo! Quer uma carona?
CAPOTO: E tu tem carro, porra?
CHAPELEIRO MALUCO: Que carro que nada! Seja lá o que isso for! Você vai no meu chapéu! Tome um gole deste chá e você vai ficar pequeno por um tempo, para poder montar no meu chapéu! Não que você precise diminuir muito, mas será necessário!
CAPOTO: Agora foi que fudeu! Mas já que eu tô na chuva mesmo! Me dá logo esse chá!
CHAPELEIRO MALUCO: Chuva? Mas nem tem sinal de chuva! Você fala cada coisa estranha! [...] Pronto! Agora que está pequeno, suba aqui na aba... Isso... Agora, dê adeus à Lebre
CAPOTO: Falou Lebre! Tu é brother, meu irmão! Jah love!
CHAPELEIRO MALUCO (jogando o chapéu): Não fuja dos seus sonhos!!!
LEBRE DE MARÇO (arremessando uma xícara em direção ao chapéu, no ar): Tome mais chá!!!
CAPOTO: AAAAAHHHHHHH! Isso roda mais do que pião! Vou vomitar, caralho!!! [...] Eca! Me melei todo, nesse chapéu do inferno, quase quebrei o meu braço quando caí e essa porra dessa Lebre quase acerta essa xícara gigante em mim! E o Chapeleiro lá disse pra eu não fugir dos meus sonhos? Esse bicho tá muito doido! Eita porra! Ainda bem que eu cresci logo. O que é isso no chapéu dele? Há, há!!! É o doce!!! Vou guardar pra depois, o chá ainda tá dando lombra...
COELHO BRANCO: Atrasado! Estou atrasado!
CAPOTO: Olha ele ali! Ei miserável! Droga... Entrou naquele castelo! Vou lá, ver qual é a de mesmo! [...] Oxe, meu irmão! Que porra é essa? Hahahaha! Era só o que me faltava: cartas de baralho gigantes, pintando flores brancas de vermelho! Ei, galera! Qual foi a bronca aí?
DOIS DE ESPADAS: Nós plantamos flores brancas, mas a Rainha tinha nos mandado plantar flores vermelhas e se ela vir isso, vai mandar cortar a nossa cabeça!
CAPOTO: Que ozzy, velho! Me dá um pincel desses que eu vou ajudar vocês!
TRÊS DE ESPADAS: Ah, claro! Tome este! Desde já, lhe agradecemos!
CAPOTO: Oxe, zero bronca! Bora pintar logo essa parada, porque eu quero achar aquele Coelho!
DOIS DE ESPADAS (alarmado): Você se refere ao Coelho Branco? Ele passou por aqui apressado pra falar com a Rainha, com certeza, vem mandar uma mensagem pra decapitar alguém!
CAPOTO: Afff... Esse lugar dá pra mim não! [...] Ei! Que som de corneta é essa?
DOIS DE ESPADAS: É a Rainha! Ela vem vindo e vai mandar nos matar!!!
TRÊS DE ESPADAS: A Rainha! Estamos mortos, com certeza! Salve sua vida, meu bom homem!
CAPOTO: Peraí galera... Uma rainha não ia mandar decapitar ninguém por causa disso! Eu vou trocar uma ideia com ela e vocês vão ficar de boa!
TRÊS DE ESPADAS: Dois, ele enlouqueceu!
DOIS DE ESPADAS: Com certeza, Três! E Não podemos fazer mais nada! Ih! Lá vem ela! Rápido, curvem-se!
RAINHA DE COPAS: Ora, mas quem vejo aqui, se não é um dos "não é um dos guardas"!
CAPOTO: Rainha, vê só qual é a parada...
RAINHA DE COPAS: COOOOORTEM A CABEÇA!!!
CAPOTO: Porra! Me fudi! Excelentíssima Rainha, vossa magnanimidade poderíeis, por ventura, escutar o que eu tenho pra lhe indagar?
RAINHA DE COPAS: Hmmm... Desembucha!
CAPOTO: Estava eu a passar por aqui quando vi os seus bravos guardas pintando as flores e...
RAINHA DE COPAS: COOOOOORTEM AS CABEÇAS!!!
TRÊS DE ESPADAS: Ah... Ele tinha que falar? Ela nem tinha percebido!
DOIS DE ESPADAS: Esse é o nosso fim, Três...
CAPOTO: Peraí pow! Que fim que nada! Vê só: Rainha, perdão pela nonsense que lhe falei, mas, se vossa reverendíssima me deixar eu posso explicar por que os guardas estavam a pintar suas flores!
RAINHA DE COPAS: Última chance, barbudinho!
CAPOTO: Eu passei por aqui, distraído, há uns dias atrás e, por um infortúnio do destino, dei um encontrão num dos guardas e ambos fomos ao chão. Nisso, acabamos por trocar os pacotes de sementes de flor. Então, por minha culpa, os seu valentes e fiéis guardas plantaram as flores de cor errada!
RAINHA DE COPAS: Você disse que passou há alguns dias?
CAPOTO: Sim...
RAINHA DE COPAS: COOOOORTEM A CABEÇA!!!
CAPOTO: O quê?
RAINHA DE COPAS: Pensa que eu sou idiota? Como foi que as flores cresceram tão pouco tempo?
CAPOTO: Er... É que eu tinha comigo um envelope com um superfertilizante, que também acabou por ser trocado no incidente...
RAINHA DE COPAS: Hmmm... Então não foi culpa dos guardas?
CAPOTO: Não!
RAINHA DE COPAS: Então a culpa foi toda sua?
CAPOTO (receoso): Bem... sim, mas...
RAINHA DE COPAS: COOOOORTEM A CABEÇA!!! E dessa vez, não tem volta!
CAPOTO (tomando coragem): Oxe, que porra nenhuma! Vou usar a minha magia mais poderosa de todas!!!
RAINHA DE COPAS: O quê? Se atreve a me desafiar?
CAPOTO: Sim! E é um desafio de coragem!
RAINHA DE COPAS: Pois saiba que eu sou a criatura mais corajosa de todo o reino!
CAPOTO: Com isso, posso entender que vossa santidade aceitou o desafio?
RAINHA DE COPAS: Claro que sim!
CAPOTO: Pois bem! Você conhece aquela lagarta azul que vive na floresta e fuma narguilé?
RAINHA DE COPAS: É óbvio que conheço!
CAPOTO (puxando algo do bolso): Ótimo! Isso facilita bastante. O meu desafio será esse: você terá que fumar isso aqui!
RAINHA DE COPAS: E se for veneno!
CAPOTO: Dou minha palavra de que não é, minha rainha! Se desejares, posso fumar com você também!
RAINHA DE COPAS: Tudo bem! Acendo logo isso!
CAPOTO (se apressando com um isqueiro): Pronto! Lembre-se de que, ao tragar, deve prender bem a fumaça nos pulmões!
RAINHA DE COPAS (insegura): Não sou idiota! É claro que eu sei!
CAPOTO (enquanto a rainha traga, falando consigo mesmo): Espero que essa seja da boa... Ah! Rainha, para melhorar, você pode escutar uma música!
RAINHA DE COPAS: Isso aqui é bom... Ainda pode melhorar?
CAPOTO (tirando o celular do bolso): Escuta aí o som de Bob Marley!
♪ No sun will shine, in my day today (no sun will shine)...♫
RAINHA DE COPAS: Onde é que eu arrumo mais disso hein? Se me disser, está perdoado e será poupado!
GATO DE CHESHIRE (aparecendo de repente): Olá, garoto! O Chapaleiro me mandou, dizendo que você poderia estar em apuros e como eu devo uma ao chapeleiro, vim te ver!
CAPOTO: Bem na hora! Me tira daqui, Mestre Gato, por favor!
RAINHA DE COPAS: Não ouvi uma resposta ainda...
GATO DE CHESHIRE: Então prepare-se para sumir!
CAPOTO (sumindo com o Mestre Gato): Rainha! Siga o Coelho Branco! Hahahaaaa!!! [...] Oxe! Tô no meu quarto! Que sonho doidera da porra!!! Vou fumar o meu baseado pra lombrar com ele! Oxe, cadê o meu fininho? Ei! Que porra é isso no meu bolso? Uma cartela de doce... Será que...? Não...
terça-feira, 6 de julho de 2010
Flor De Ir Embora
Ela é bela como o mar
Triste como a morte
Pode ser o meu norte
Qual flor posso te dar?
Uma rosa pra te encontrar
Uma flor cheia de beleza
Ou um brinco de princesa
Pra eu poder te enfeitar?
Miosotis azul como o céu
Será que você a recusa
Porque prefere, minha musa
Um simples anis de papel?
Uma íris da praia pra você
Que eu amo em segredo
Ou fará o meu enredo
Um beijo pintado à mercê?
Não me aproximo de ti
Como uma lantana, do sol
Ou como peixe de um anzol
Tenho medo de me destruir
Você é uma gota-de-orvalho
Única, sem sofreguidão
Eu sou mais um na multidão
Uma carta num baralho
Você é dália, peônia, azaleia
Lírio, ciclame, magnólia e manacá
Me embrigado aqui, ali e acolá
De teu amor, nem tenho ideia
Você parece labiata escondida
Nunca aparece na rua
E quando sai, à luz da lua
Te vejo só, triste e perdida
E quando tomo fôlego ao sol
Te encontro de olhos fechados
E meus sonhos são arruinados
Lá se vai meu girassol
Flor de seda, agora sem jardim
Dar-te-ia uma flor de te amar
Ou apenas uma flor de encontrar
Podia ser um simples jasmim
Podia ser uma flor de te beijar
O que seria meu doce desejo
E podia te dar, nesse ensejo
Uma flor de nos arraigar
Qual seria sua flor amada?
Só o que posso dizer
É que o cravo pode ser
A flor mais indesejada
Qual delas, não sei agora
Mas posso me aproximar
E, finalmente te dar,
Uma flor de ir embora
Triste como a morte
Pode ser o meu norte
Qual flor posso te dar?
Uma rosa pra te encontrar
Uma flor cheia de beleza
Ou um brinco de princesa
Pra eu poder te enfeitar?
Miosotis azul como o céu
Será que você a recusa
Porque prefere, minha musa
Um simples anis de papel?
Uma íris da praia pra você
Que eu amo em segredo
Ou fará o meu enredo
Um beijo pintado à mercê?
Não me aproximo de ti
Como uma lantana, do sol
Ou como peixe de um anzol
Tenho medo de me destruir
Você é uma gota-de-orvalho
Única, sem sofreguidão
Eu sou mais um na multidão
Uma carta num baralho
Você é dália, peônia, azaleia
Lírio, ciclame, magnólia e manacá
Me embrigado aqui, ali e acolá
De teu amor, nem tenho ideia
Você parece labiata escondida
Nunca aparece na rua
E quando sai, à luz da lua
Te vejo só, triste e perdida
E quando tomo fôlego ao sol
Te encontro de olhos fechados
E meus sonhos são arruinados
Lá se vai meu girassol
Flor de seda, agora sem jardim
Dar-te-ia uma flor de te amar
Ou apenas uma flor de encontrar
Podia ser um simples jasmim
Podia ser uma flor de te beijar
O que seria meu doce desejo
E podia te dar, nesse ensejo
Uma flor de nos arraigar
Qual seria sua flor amada?
Só o que posso dizer
É que o cravo pode ser
A flor mais indesejada
Qual delas, não sei agora
Mas posso me aproximar
E, finalmente te dar,
Uma flor de ir embora
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