Os dias que passaram
As noites mal dormidas
As lágrimas rolaram
E abriram as feridas
E todas elas acabaram
Pelo caminho perdidas
E ao serem encontradas
Jamais serão apagadas
Não vá se preocupar
Com tudo que passou
Porque o próximo mar
Não é o que te afogou
E porque se preocupar
Com tudo que passou?
A vida vai te trazer
O teu bem-querer
domingo, 20 de setembro de 2009
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Tudo O Que Poderíamos Ter Sido
Eu sempre pensei em você como algo mais
Que você fosse minha vida, meu cais
Mas a vida tormou-se caçadora de mim
Me atormentando e me matando no fim
Se foi tudo o que poderíamos ter sido
Meu sentimento tormou-se algo escondido
No meu peito reside envenenada flecha
Só posso te ver por uma estreita brecha
Essa febre, esse mal estar é minha culpa
Nunca lhe falei isso e peço tua desculpa
Tudo o que poderíamos ter sido, evaporou
Na minha vida, só penso em você, que não vem
Sei que, do céu, tua alma está muito além
Não sei mais o que fazer, minha vida acabou
Que você fosse minha vida, meu cais
Mas a vida tormou-se caçadora de mim
Me atormentando e me matando no fim
Se foi tudo o que poderíamos ter sido
Meu sentimento tormou-se algo escondido
No meu peito reside envenenada flecha
Só posso te ver por uma estreita brecha
Essa febre, esse mal estar é minha culpa
Nunca lhe falei isso e peço tua desculpa
Tudo o que poderíamos ter sido, evaporou
Na minha vida, só penso em você, que não vem
Sei que, do céu, tua alma está muito além
Não sei mais o que fazer, minha vida acabou
sábado, 25 de julho de 2009
A Tristeza De Um Dom
Mais uma Primavera escapa
Tornando meu sorriso frio
Subindo um leve arrepio
Deixando minha vista opaca
Algumas lágrimas rolando
Alguns suspiros aliviados
Com os braços escancarados
Um "adeus" vai se formando
Sorrisos são desgastados
Olhares distanciados
Carinhos afastados
E os beijos são apagados
Na memória, permanece
Como um sonho bom
A tristeza de um dom
E o amor, deita e adormece
terça-feira, 14 de julho de 2009
Pecado
Mulher que incita luxúria
Embora emane mansa candura
Com olhos sempre em fúria
E os dentes, na carne dura
Longa e boa caminhada
Pode ser rápida ou lenta
Pode até ser cavalgada
Traz prazer e me alenta
És fruto de um pecado
Que sobressalta o prazer
Quantas vezes foi ensaiado
Esse sonho de bem-querer
Esse desejo demasiado
Todo o anseio que é você
Embora emane mansa candura
Com olhos sempre em fúria
E os dentes, na carne dura
Longa e boa caminhada
Pode ser rápida ou lenta
Pode até ser cavalgada
Traz prazer e me alenta
És fruto de um pecado
Que sobressalta o prazer
Quantas vezes foi ensaiado
Esse sonho de bem-querer
Esse desejo demasiado
Todo o anseio que é você
terça-feira, 30 de junho de 2009
Viola
Que inveja do trovador
Que dedilha o violão
Maltratando meu coração
Enchendo-me de dor
Os mais belos acordes
Tocados com toda alma
Minha mão não se acalma
Se tu não me mordes
Viola de curvas bem feitas
Quando fores tocada
Por mim acariciada
Em minha mão te deitas
Trago-te a eternidade
Com a mão sedenta
A boca turbulenta
Rouba-me a mocidade
Dia e noite contigo
Dedilhando sem fim
Minha viola carmim
Eu quero o teu castigo
Que dedilha o violão
Maltratando meu coração
Enchendo-me de dor
Os mais belos acordes
Tocados com toda alma
Minha mão não se acalma
Se tu não me mordes
Viola de curvas bem feitas
Quando fores tocada
Por mim acariciada
Em minha mão te deitas
Trago-te a eternidade
Com a mão sedenta
A boca turbulenta
Rouba-me a mocidade
Dia e noite contigo
Dedilhando sem fim
Minha viola carmim
Eu quero o teu castigo
sexta-feira, 12 de junho de 2009
A Morte Do Amor
Rosas negras em meu jardim
Cravos-de-defunto e jasmim
Flores em coroas adornadas
Brancas, rosas ou azuladas
Os sentimentos puros jazem
E os impuros só me trazem
A loucura triste do viver
Imaginando onde está você
Sobre sete palmos de terra
É onde tudo de bom encerra
Não há um só espírito santo
Que não chore com meu canto
Cravos-de-defunto e jasmim
Flores em coroas adornadas
Brancas, rosas ou azuladas
Os sentimentos puros jazem
E os impuros só me trazem
A loucura triste do viver
Imaginando onde está você
Sobre sete palmos de terra
É onde tudo de bom encerra
Não há um só espírito santo
Que não chore com meu canto
Perdida Em Você
Não... não posso crer
Meus olhos podem ver
Minha mente morre
E meu amor escorre
Em minha mão
Um imenso vazio
Lendas de carvão
Artifício ardil
Fugiste de mim
Abandonaste teu amor
Transformaste-o em dor
Porque amar é assim?
Não deixaste lembrança
Não posso ter esperança
De te reencontrar
De refazer o meu lar
No meu coração
Reside imenso vão
Uma lenda sutil
Meu amor partiu
Mas eu te espero
E com muito esmero
Eu teço novamente
Um amor resplandecente
Meus olhos podem ver
Minha mente morre
E meu amor escorre
Em minha mão
Um imenso vazio
Lendas de carvão
Artifício ardil
Fugiste de mim
Abandonaste teu amor
Transformaste-o em dor
Porque amar é assim?
Não deixaste lembrança
Não posso ter esperança
De te reencontrar
De refazer o meu lar
No meu coração
Reside imenso vão
Uma lenda sutil
Meu amor partiu
Mas eu te espero
E com muito esmero
Eu teço novamente
Um amor resplandecente
Fogo
O fogo em seus cabelos
Arde em meu pensamento
Fraqueja meu sentimento
Arrepia os meus pêlos
Suas curvas ameaçadoras
Pelo destino moldadas
Uma vez encontradas
Passam a ser matadoras
E quando chegas perto
Meu futuro é incerto
Meu coração não bate
O teu fogo me ameaça
Se teu braço me enlaça
Eu desfaleço em parte
Arde em meu pensamento
Fraqueja meu sentimento
Arrepia os meus pêlos
Suas curvas ameaçadoras
Pelo destino moldadas
Uma vez encontradas
Passam a ser matadoras
E quando chegas perto
Meu futuro é incerto
Meu coração não bate
O teu fogo me ameaça
Se teu braço me enlaça
Eu desfaleço em parte
sábado, 6 de junho de 2009
Relatos
Não sei o que devo fazer
Nessa vida, certo mesmo é morrer
O dia passa lentamente
Enquanto subjugo rapidamente
Pairo pelo purgatório
Pulando pelas praças
Para pisotear o pranto
Precioso para poderosos padres
Vísceras espalhadas pelo chão
Morte no campo, caindo de um avião
Dia fatal para pagar um carma
Na cabeça o capacete, na mão a arma
Morro feliz, pois levo muitos comigo
Todos no chão como um simples inimigo
Simples não! Não é fácil matar
Às vezes, penso em meu crânio atirar
Tornar-se um assassino
Matar um mero menino
Ou um pai de família
Que foi enviado para a guerrilha
Não... não é fácil viver nesse mundo
Tornar-se o mais vil cão imundo
Para depois, viver assustado
Ouvindo balas zunindo ao lado
Tremendo noite e dia
Suando numa eterna agonia
Pensando na mulher e nos filhos
Nos meus desejos, nos meus idílios
Como quero sentir o mundo ceder
Ver tudo cair, ver tudo morrer
Mares, lagos, campos e mais
Toda a dor, todos os "ais"
Sei que a vida não é boa
Sei que não sinto mágoa à toa
Se eu soubesse mudar
Se eu pudesse me transformar
Me transformaria num deus
E cessaria este adeus
Que é permanente e pesado
Repetitivamente ensaiado
Tudo acabaria num minuto;
Toda dor, todo insulto,
Toda prece, toda humilhação,
Toda tristeza, toada inibição
Vamos! cantem à vida, só temos esta!
Cantem para os santos que tanto lhes detesta!
Cantem porque o motivo existe
Cantem a alegria de ser triste!
Aguardo o momento correto
E, como cobra, dou um bote certo
Corpo caído... olhos para o céu
Na boca, o gosto amargo de fel
Não quero mais viver assim
Não quero mais estas noites carmim
Eu quero o beijo da minha esposa
E não estas asas de mariposa
Sangue para todos os lados
Até meus pés, dele, ensopados
Eu poderia estar dormindo
Ou por uma estrada, sem destino
Mas aqui estou, dando a minha vida
Uma viagem triste, só de ida
Sei que aqueles olhos, não mais verei
Mas aqueles belos olhos, jamais esquecerei
O que vejo agora é meu passado
Diante de mim, num ligeiro recado
Minha vida alegre tornou-se triste
Uma explosão de sentimentos que persiste
Estou em paz!
Olhos abertos, procurando o cais
Já sei o que eu posso fazer
Nessa vida, certo mesmo é morrer...
Nessa vida, certo mesmo é morrer
O dia passa lentamente
Enquanto subjugo rapidamente
Pairo pelo purgatório
Pulando pelas praças
Para pisotear o pranto
Precioso para poderosos padres
Vísceras espalhadas pelo chão
Morte no campo, caindo de um avião
Dia fatal para pagar um carma
Na cabeça o capacete, na mão a arma
Morro feliz, pois levo muitos comigo
Todos no chão como um simples inimigo
Simples não! Não é fácil matar
Às vezes, penso em meu crânio atirar
Tornar-se um assassino
Matar um mero menino
Ou um pai de família
Que foi enviado para a guerrilha
Não... não é fácil viver nesse mundo
Tornar-se o mais vil cão imundo
Para depois, viver assustado
Ouvindo balas zunindo ao lado
Tremendo noite e dia
Suando numa eterna agonia
Pensando na mulher e nos filhos
Nos meus desejos, nos meus idílios
Como quero sentir o mundo ceder
Ver tudo cair, ver tudo morrer
Mares, lagos, campos e mais
Toda a dor, todos os "ais"
Sei que a vida não é boa
Sei que não sinto mágoa à toa
Se eu soubesse mudar
Se eu pudesse me transformar
Me transformaria num deus
E cessaria este adeus
Que é permanente e pesado
Repetitivamente ensaiado
Tudo acabaria num minuto;
Toda dor, todo insulto,
Toda prece, toda humilhação,
Toda tristeza, toada inibição
Vamos! cantem à vida, só temos esta!
Cantem para os santos que tanto lhes detesta!
Cantem porque o motivo existe
Cantem a alegria de ser triste!
Aguardo o momento correto
E, como cobra, dou um bote certo
Corpo caído... olhos para o céu
Na boca, o gosto amargo de fel
Não quero mais viver assim
Não quero mais estas noites carmim
Eu quero o beijo da minha esposa
E não estas asas de mariposa
Sangue para todos os lados
Até meus pés, dele, ensopados
Eu poderia estar dormindo
Ou por uma estrada, sem destino
Mas aqui estou, dando a minha vida
Uma viagem triste, só de ida
Sei que aqueles olhos, não mais verei
Mas aqueles belos olhos, jamais esquecerei
O que vejo agora é meu passado
Diante de mim, num ligeiro recado
Minha vida alegre tornou-se triste
Uma explosão de sentimentos que persiste
Estou em paz!
Olhos abertos, procurando o cais
Já sei o que eu posso fazer
Nessa vida, certo mesmo é morrer...
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Princípios
Eu não sou o que eles querem
E mesmo que eu seja
Não sou tão bom assim
E mesmo se fosse
Não teria coragem para agir
Se, por acaso tivesse
Eu não saberia como
E se soubesse
Não teria o instinto
E mesmo se tivesse
Não o faria.
Por quê?
Por que eu não sou o que eles querem
E mesmo que eu seja
Não sou tão bom assim
E mesmo se fosse
Não teria coragem para agir
Se, por acaso tivesse
Eu não saberia como
E se soubesse
Não teria o instinto
E mesmo se tivesse
Não o faria.
Por quê?
Por que eu não sou o que eles querem
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