segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A Tristeza Escondida Por Trás Da Máscara Da Alegria

Sonha palhaço, com tua amada
Com esta mulher imaculada
Com o brilho de seus olhos
E com seu rosto, sem refolhos

Palhaço, espera sentado
Pois ladrão de mulher
É sempre mal-amado
É sempre um malmequer

Nesta espera sangrenta
Pinta teu rosto de magenta
Disfarça tua alma impura
Deixando-a menos obscura

Pinta a cara com teu sangue
Assim, parecerás menos langue
Esse teu semblante de pária
Mereces a mais fúnebre ária

Palhaço, lembra que o teu sonho
Nada mais é que um futuro risonho
Que não baterá à tua porta
Lembra que a tua vida já é morta

Não terás direito ao amor
Sonha, Palhaço, com o teu futuro
Reza, Palhaço, com todo o fervor
Porque esta dor eu não curo

Sei tudo o que terás na vida
Do teu caminho, da tua lida
Entre teus dedos eu escorro
Pois eu, sou a última que morro!

Ode Ao Cu

O cu! Ah, o cu...
O que dizer sobre o cu?
Ah! É apenas o cu!
O que mais é o cu para tu?

Para mim, só o orifício excretor
Purifica-te do indesejado bolor
Senta-te na bela privada e caga
Pensando na tua mulher tão amada

Levanta-te e olha para a privada
E ri daquela merda afogada
Sente agora o fedor de urubu
Da merda que saiu do teu bendito cu




Agradeço esses versos ao meu amigo Denis Verlaine, que teve a maravilhosa ideia de iniciar este poema!
http://www.facebook.com/#!/denis.vitor.5

A Poem For You

Give me your sorrow and your nightmares
I'll put them into my unshaped spheres
We will walk side by side with happiness
Let me drown in your emotion sickness

Hold my hand with a stainless heart
Cure my unforgiven and unhealing scar
I want you free to manipulate my mind
And give me a route to escape from my own sight

This poem is just for you
This poem is to burn my blood
Into an eternal fountain of love

A time bomb inspired me
To explode our life and above
You and me... just you and me...

Obrigado Pelo Amor Que Não Vem

Tua face não me deixa dormir
Teus olhos não me deixam sorrir
Da tua boca eu sou refém
Obrigado pelo amor que não vem

Quem dera te ter sempre ao meu lado
Quem dera viver num mundo encantado
Sei que em minha boca, a tua não investe
Obrigado pelo amor que não me deste

Queria ver teu doce sorriso
Queria sentir teu lábio indeciso
Mas, ao teu lado, eu posso dizer:
Obrigado por me fazer sofrer

Não quero ser apenas teu amigo
Escuta agora o que eu te digo:
Por não me amar, não te condeno
Obrigado pelo teu veneno

Soneto À (Não) Arte

A arte hoje chegou à mediocridade
Tudo é arte! Isso é unanimidade
Qualquer aço retorcido ou papel amassado
São comparados, Michelangelo e excremento modelado

Perderam interesse num belo "Rimbaud"
Nada é arte! Nem mesmo aquela dor
Nem o verso fino de Cecíla
Nem a triste história de Marília

São atraídos por coisas fáceis de assimilar
Versos decifrávis ao primeiro olhar
Onde foi parar a graça da arte?

Não se sabe exatamente em que parte
Quem sabe, dentro de um chafariz
Ou ainda, perdida no Ar de Paris!

O Asilo Da Loucura

Mil mundos morrem mais e mais
Me manipulo, me maltrato
Minha mente me machuca
Mas, mesmo morto, meu mundo muda

Prantos principiados por palavras pobres
Pinturas pungem paráfrases
Porque pirar? Para pairar?
Para pairar, preciso pirar?

Da dor, devaneios
Do delírio, depravação
Da droga, drama
Da devassidão, dependência

O sangue tinge meu rosto e alcança
As facas afiadas com gosto de vingança
O Coringa não é uma carta comum
Tortura todos, de um por um

Vem

Uma vez pensei em te amar
Cada dia a mais, eu queria te beijar
Arrependo-me de não ter te beijado
Minha alegria seria conseguir te encantar
Mas uma vez te abraçar e andar lado a lado

Ilegalmente entraste em meu coração
Dividiste meu corpo na total escuridão
Evitei me encontrar com o teu olhar
Ficava entorpecido à tua face vislumbrar
Mas inventei maneiras diferentes de te amar

Por mais que eu tente, não consigo esquecer
Que o te sorriso é tudo o que eu preciso ver
Você me atormenta numa noite sem fim
Não quero que saias de perto de mim
Fica aqui, me abraça e não larga mais
Comigo ao teu lado, deixa o mundo pra trás

Tuas Asas

Asas de anjo que me engolem
Fazendo que bênçãos em mim assolem
Que meu coração se alegre a cada dia
Estancando assim, minha eterna sangria

Brancas são as asas do meu anjo levado
Dessas asas nunca fico saciado
Esse beijo e essa boca sandia
Deram cores à minha vida, antes vazia

Mostra-me aogra, assim:
Com estas asas antes carmim
Este amor que é só meu
Este olhar que em mim se perdeu

Teu Sim, Meu Não

As asas do teu anjo me visitam durante o sono
Quando acordado, só vejo a cauda do meu demônio
Teu anjo traz tua lembrança cheia de amargura
Meu demônio traz tua saudade repleta de doçura

Dormindo, sonho contigo e teu anjo me abraça
Acordado, não te vejo e meu demônio me ameaça
Teu anjo, me aprisiona, me maltrata e me tortura
Meu demônio me liberta para uma vida de loucura

Teu anjo me quer triste, fraco e acuado
Domina meu coração e o deixa trancado
O instinto do meu demônio é teimoso e forte
Não se dará por vencido e lutará até a morte

Teu anjo me encata com um amor inventado
Meu demônio luta contra um amor indesejado
O fim não tem fim quando teu anjo vem me ver
Anjo caído que está tentando me enlouquecer

domingo, 20 de setembro de 2009

Não Se Preocupe

Os dias que passaram
As noites mal dormidas
As lágrimas rolaram
E abriram as feridas
E todas elas acabaram
Pelo caminho perdidas
E ao serem encontradas
Jamais serão apagadas

Não vá se preocupar
Com tudo que passou
Porque o próximo mar
Não é o que te afogou
E porque se preocupar
Com tudo que passou?
A vida vai te trazer
O teu bem-querer